Psicoterapia breve
Existe um grande questionamento quando se fala em Psicoterapia
Breve, como por exemplo, o que é, e como atingir resultados em uma terapia sendo breve. O trabalho busca apresentar um breve histórico desta
Psicoterapia e autores que foram fundamentais na psicoterapia com orientação psicanalítica, apresentando os principais conceitos como a temporalidade, foco e término do processo utilizando de referências que abordam o assunto de forma clara e objetiva.
No início da psicanálise, as psicoterapias eram de curta duração. Em
1908, Freud tratou o compositor Gustav Mahler de impotência sexual em quatro horas, conversando com ele à beira de um penhasco. Em 1906, atendeu ao maestro Bruno Walter de paralisia do braço direito em seis consultas.
Ferenczi analisou-se com Freud em duas oportunidades durante três semanas em 1914 e mais três semanas em 1916, então com duas sessões ao dia.
Hegenberg (2004) salienta que existem alguns autores fundamentais para o estudo da Psicoterapia Breve psicanalítica, entre eles Alexander e
French, que propuseram variações no enquadre da psicanálise clássica, como diálogos de caráter diversificado e não apenas associações livres, freqüência das consultas variável de acordo com a necessidade, sugestões na vida cotidiana do paciente, utilização de experiências da vida real e manejo da transferência de acordo com o caso. Malan que realizou estudos de acompanhamento após a alta do paciente mostrou por meio de pesquisas que mudanças duradouras são possíveis mesmo.
Malan foi aluno de Balint e iniciou na Tavistok Clinic, em Londres, seus estudos em Psicoterapia Breve em 1954. Essa intervenção foi denominada terapia focal.
Gilliéron faz estudo da importância do enquadre na Psicoterapia Breve, discutindo como o término pré-fixado da terapia influência o conjunto terapeuta paciente. Sifneos (1972) tem um trabalho com base na teoria psicanalítica voltado para “Psicoterapia Breve provocadora de ansiedade”,