Psicooncologia
Gimenes (1994) define a Psiconcologia como uma área de interface entre a Oncologia e a Psicologia, que se ocupa:
1) "com a identificação do papel de aspectos sociais, tanto na origem quanto no desenvolvimento da doença; 2) com a identificação de fatores de natureza psicossocial envolvidos com prevenção e reabilitação do paciente portador de câncer e; 3) com a sistematização de um corpo de conhecimentos que possa fornecer subsídios tanto à assistência integral do paciente e de sua família como também à formação de profissionais de saúde envolvidos com seu tratamento" (p. 35-36).
Quando o paciente em questão é uma criança torna-se necessário analisar o seu contexto de vida e de sua família antes do surgimento do câncer, bem como, os aspectos mais relacionados ao processo de desenvolvimento da criança, interrompido ou alterado com a doença. A partir desses aspectos, a intervenção psicológica pode se ocupar de questões específicas, como por exemplo a depressão do paciente e da família, o estresse do paciente e da equipe de saúde, a percepção da experiência de dor, a ansiedade, o isolamento social da criança, as estratégias de enfrentamento do câncer, as necessidades pessoais dos familiares da criança. (Bearison & Mulhern, 1994; de
Carvalho, 1994; Hall, 1997).
Estudos em Psiconcologia Pediátrica apontam para a necessidade de ajuda psicológica ao paciente quando:
• o mesmo apresenta reações emocionais que impedem na cooperação ou interferem negativamente sobre o tratamento; • o comportamento geral do paciente parece provocar-lhe mais dor, ou sentimentos de degradação corporal;
• suas reações emocionais perturbam o desempenho de suas atividades; • suas reações emocionais se manifestam sob a forma de sintomas psiquiátricos convencionais ou sintomas psicológicos desadaptativos .
(Bearison & Mulhern, 1994; Franco-Bronson, 1995; Shalvezon,
1978).
Situando suas intervenções na área de interface entre
Psicologia e