Atuação do psicólogo em psicooncologia
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM ONCOLOGIA
1. INTRODUÇÃO
A entrada do psicólogo no âmbito hospitalar foi uma conquista de extrema importância, estreando assim uma nova área de atuação, diferente das práticas cristalizadas da clínica. O profissional que trabalha nesse campo se insere dentro de uma instituição que tem suas regras, rotinas, um local que tem vida própria, e cabe a ele ir se moldando para se ajustar ao ambiente, mas sempre atentando-se para não ultrapassar seus limites e obrigações.
A prática do psicólogo no hospital não pode se resumir a uma transferência de local de atuação, trazendo como bagagem os modelos e macetes da área clínica. No campo hospitalar, o psicólogo, juntamente com os outros profissionais da equipe, deve fazer uma redefinição de seus limites, objetivos e atuação, para conseguir realizar seu trabalho de maneira eficaz. As mudanças já podem ser vistas através das diferenças encontradas no setting terapêutico, no contrato feito com o paciente, nos horários flexíveis para atendimento e em diversas outras variáveis dependentes do contexto institucional.
Após essa conquista dentro do hospital, foi possível enxergar as diversas demandas da instituição, e também as demandas específicas de cada área dentro desse campo, o que foi fragmentando as partes para estudo, mas não a ponto de haver uma fragmentação global da psicologia. Hoje há especializações para áreas específicas que devem estar atentas em formar profissionais qualificados tanto para a atuação geral quanto para partes minuciosas, permitindo assim um atendimento de melhor qualidade.
O campo da psicooncologia é uma das áreas em que o psicólogo pode se especializar. O profissional que atua em Psico-oncologia trabalha desde a atenção primária à terciária, incluindo a fase dos cuidados paliativos. É uma prática abrangente que compreende o doente, a família e as equipes multidisciplinares ligadas direta ou indiretamente ao tratamento, dando apoio no período