Psicooncologia
CLAUDIA VALÉRIA MARTINS JORGE
ACADÊMICA DO 8º PERIODO DE PSICOLOGIA - UNINORTE - AC
1. ATENDIMENTO PSICOLÓGICO EM DOENÇAS CRÔNICAS
CÂNCER
Dentre todas as patologias conhecidas, o câncer é a que possui maior impacto psicológico na população, devido, sobretudo, à percepção da incurabilidade da doença, assim como a morte lenta e dolorosa ocasionada pela mesma (SHERMAN 1999).
“Câncer é o termo geral frequentemente usado para indicar qualquer dos vários tipos de neoplasias malignas, a maioria invadindo os tecidos circundantes, podendo enviar metástases a vários pontos ou tendendo a recorrer após tentativa de remoção ou a causar a morte do paciente, a menos que seja adequadamente tratado” (SHERMAN, 1979 p.212).
Este conceito define com exatidão a maneira como o câncer era encarado há mais de 20 anos, onde as possibilidades terapêuticas eram infinitamente mais restritas que atualmente. Porém, apesar dos avanços no tratamento oncológico, muitas destas idéias de fatalidade e irreversibilidade ainda vigoram na cultura mundial, gerando sentimentos diversos no indivíduo que recebe o diagnóstico de câncer, como medo, ansiedade, negação, raiva, insegurança, dentre outros.
“Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas.” (INCA 2005)
No entanto, a Oncologia ainda é uma área da Medicina cercada de muitos mitos e preconceitos. Trabalhando diariamente na guerra contra o câncer, os profissionais médicos da especialidade enfrentam pressões emocionais diversas, permeadas pelas inúmeras dúvidas dos pacientes e seus familiares, envoltas em um manto de insegurança,