Psicomotricidade
Introdução
Etimologicamente, a psicomotricidade tem sua origem no termo grego psyché, que significa alma, e no verbo latino moto, que significa mover frequentemente, agitar fortemente.
Historicamente o termo psicomotricidade aparece a partir do discurso médico, mais precisamente neurológico, quando foi necessário, no inicio do século XIX, nomear as zonas do córtex cerebral situadas mais alem das regiões motoras.
Com o desenvolvimento e as descobertas da neurofisiologia, começa a constatar-se que há diferentes disfunções graves sem que o cérebro esteja lesionado ou sem que a leão esteja claramente localizada.
São descobertos distúrbios da atividade gestual, da atividade prática. Portanto o esquema anatomo-clinico que determinava para cada sintoma sua correspondente lesão focal já não podia explicar alguns fenômenos patológicos. É justamente, a partir da necessidade médica de encontrar uma área que explique certos fenômenos clínicos que se nomeia, pela primeira vez, a palavra psicomotricidade, no ano de 1870.
As primeiras pesquisas que dão origem ao campo psicomotor correspondem a um enfoque eminentemente neurológico.
Historia da Psicomotricidade
A figura de Dupré neuropsiquiatra, em 1909 , é de fundamental importância para o âmbito psicomotor, já que ele afirma a independência da debilidade motora (antecedente do sintoma psicomotor) de um possível correlato neurológico.
Em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo, ocupa-se do movimento humano dando-lhe uma categoria fundamental como instrumento na construção do psiquismo. Esta diferença permite a Wallon relacionar o movimento ao afeto, à emoção. Ao meio ambiente e aos hábitos do individuo.
Em 1935, Edouard Guilmain, neurologista, desenvolve um exame psicomotor para fins de diagnostico, de indicação da terapêutica e de prognostico.
Em 1947, Julian de Ajuriaguerra, psiquiatra, redefine o conceito de debilidade motora, considerando-a