psicologo

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Apesar dessa classificação, Weber faz uma ressalva importante: as condutas humanas não podem ser classificadas de maneira exata, como se estivéssemos tratando de dados estatísticos.

Sendo assim, os quatro tipos de ação social não são formas puras, encontradas de maneira isolada na realidade. São, na verdade, o que Weber chamou de tipos ideais, ou seja, uma criação abstrata feita com base na análise dos casos particulares. Desse modo, a conduta de um indivíduo pode, por exemplo, entrar na classificação de dois tipos de ação social ou mais. Vejamos um exemplo.

Um cientista decide empreender uma pesquisa acerca dos motivos que levaram um grupo de pessoas à depressão. Para isso, ele estabelece uma metodologia, ou seja, os meios pelos quais ele chegará a resultados cientificamente válidos e verdadeiros. A ação do cientista é, portanto, racional com relação a um objetivo; isto é, descobrir a verdade acerca das causas de uma doença, utilizando para isso procedimentos lógicos.

Mas a conduta do cientista é também uma ação social com relação a um valor, que neste caso seria a verdade. A verdade é um valor construído ao longo da história em diferentes contextos sociais e culturais.

Apesar de muitos criticarem Weber, acusando-o de preocupar-se em demasia com o micro (o individual), em detrimento do macro (o coletivo), ele não deixou de voltar sua visão para os acontecimentos da coletividade. Ainda que a ação social seja seu ponto de partida, Weber preocupou-se também com as relações sociais. Mas, quando uma ação social dá lugar para uma relação?

Na ação social, o indivíduo estabelece o sentido de seu ato e volta sua ação para um “outro”, que não necessariamente precisa estar ciente disso. Em contrapartida, para que ocorra uma relação social é necessário que o sentido da ação seja compartilhado por dois ou mais indivíduos.

Um indivíduo que escreve e manda uma carta para um deputado solicitando que ele cumpra suas promessas de campanha acabou por realizar uma

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