psicologias
Preconceito Lingüístico
Iolete Bonfim da Silveira Prof: Ivone
Março; 2014 Ctba-PR
Existe uma regra de ouro da lingüística que diz: “só existe língua se houver seres humanos que a falem.” O preconceito lingüístico está ligado, em boa medida à confusão que foi criada no curso da história, entre língua e gramática normativa.
Mito 1- “O português do Brasil apresenta uma unidade surpreendente.”
Considerado o maior mito do preconceito lingüístico, e o mais sério também, ele engana até mesmo “intelectuais de renome, pessoas de visão crítica e de geralmente boas observadoras dos fenômenos sociais brasileiros.” Este mito pressupõe a existência de uma única forma do português falado no Brasil, reforçada maciçamente pela gramática normativa ensinada nas escolas.
Mito 2- “Brasileiro não sabe português/Só em Portugal se fala bem português.” E essa enorme bobagem de dizer que ”brasileiro não sabe português” e que “só em Portugal se fala em português”? É uma piada de mau gosto, infelizmente transmitida de geração a geração pelo ensino tradicional da gramática na escola. Esses dois mitos, também muito comuns, são chamados por Bagno de “duas faces de uma mesma moeda enferrujada” que refletem o complexo da inferioridade. É comum ouvirmos que o português está sendo “assassinado” ou corrompido pela população que não domina a norma expressa pela gramática normativa. Isso é o mesmo que dizer que os brasileiros têm o direito de usar o português falado em Portugal. Sem nenhuma variação que expresse sua cultura ou status social.
Mito 3- “Português é muito difícil.” Essa afirmação preconceituosa é prima-irmã da idéia que acabamos de derrubar, a de que “brasileiro