Psicologia
A boca semi-aberta, com os olhos abertos, indicará estado de espanto, surpresa, sem que uma única palavra seja pronunciada.
O semblante trabalha também como indicador de coerência e de sinceridade das palavras. Deve demonstrar exatamente aquilo que estamos dizendo. Se falamos de um assunto que deveria provocar tristeza, não podemos demonstrar uma fisionomia alegre ou indiferente. Seria o mesmo que assinar um atestado de falsidade. Um comportamento tão incoerente arruinaria a mais bem cuidada de todas as falas.
O conhecimento de todo o jogo fisionômico, a certeza de estar demonstrando no semblante exatamente o que se deseja, da a quem fala confiança e convicção ao se apresentar. O desempenho da expressão facial, a exemplo de todas as outras partes do corpo, deve ser estudado e treinado de tal forma que o orador não pense em nenhum gesto quando estiver falando. Treinará com tamanho empenho, que todos os movimentos participarão do seu reflexo condicionado, sem afetação, naturalmente.
Da mesma forma em que um orador é observado, transmitindo seus sentimentos a plateia, esta também é observada pelo orador. O orador sabe quando a plateia está atenta ou desatenta, calma ou nervosa, interessada ou desinteressada, pela expressão do semblante.
É preciso não exagerar na expressão facial para não se tornar caricato. Quando o apresentador for ler sentado ou dar entrevistas, as expressões ganham muito mais