Psicologia
O artigo de Carlos Antônio Mendes de Carvalho, Professor e Doutor em Sociologia, relata “o querer e a liberdade” segundo investigação da filosofa Hannah Arendt, que tem como objetivo mapear os momentos onde a faculdade da vontade ou querer se aproxima da liberdade e os momentos em que este assunto é abordado entre os filósofos clássicos da antiguidade Grega, passando pelos medievais até os modernos.
Hannah Arendt, nascida em 14 de outubro de 1906, Alemanha, faleceu em 04 de dezembro de 1975 nos Estados Unidos, foi uma filosofa politica alemã de origem judaica, considerada uma das mais influentes do séc. XX.
Começou em 1924 seus estudos na universidade de Marburg, onde foi aluna de Martin Heidegger. Formou-se em filosofia sob a tutoria de Karl Jaspers com a tese “O conceito de amor em Santo Agostinho”.
Em 1933 (ano da tomada do poder de Hitler) Arendt foi proibida de escrever uma segunda dissertação que lhe daria acesso ao ensino nas universidades alemãs. Foi brevemente encarcerada, época em que a Alemanha privava os direitos e perseguia pessoas de origem judaica. Em 1937 foi expatriada e conseguiu sua nacionalidade de estadunidense em 1951.
Os trabalhos de Hannah Arendt aprofundam temas como a politica, a autoridade, o totalitarismo, a educação, a condição laboral, a violência, e a condição de mulher.
Nota-se o momento em que Hannah Arendt se aproxima da Filosofia, instante este em que compõe sua obra A vida do Espirito. Hannah vivencia uma espécie de reviravolta em seu pensamento. Preocupada em entender o mundo interior, identifica o pensar, o querer e o julgar, como sendo as três atividades espirituais básicas.
O presente trabalho pretende mostrar as descobertas de Carlos Antônio Mendes de Carvalho, ao buscar em Hannah Arendt suas inquietudes ao investigar o momento em que a faculdade da vontade passou a ser reconhecida como uma faculdade do espirito e suas percepções quanto aos conflitos do ego