Psicologia
Resenha: “Um ensaio sobre o culto ao corpo na contemporaneidade”
Na discussão do corpo, a autora articula a relação dos tempos antigos com o que estamos construindo com o nosso corpo na atualidade.
Menciona no decorrer do texto as idéias e saberes dos tempos antigos com os mais renomados filósofos. Fazendo um convite ao leitor para pensar num corpo contextualizado historicamente. Coloca Descartes em destaque com a sua definição de corpo, como o maior problema dos tempos. Em sua visão dualista Descartes define o “corpo x mente” o corpo como uma substância de carne e osso e a mente em forma pensante. Sendo o corpo para Descartes “uma mecânica articulada comparada a um relógio e suas engrenagens”.
Entendemos, que, com o passar dos anos, passamos a analisar e desejar nosso corpo como forma “perfeita”. Isso porque as questões que envolvem o corpo são suscetíveis a qualquer influencia social, cultural e cientifica. Nesse cenário, são focalizados os efeitos dos discursos científicos contemporâneos, em que construções e manipulações corporais diluem a identidade pessoal, com uma aparente ambição de dominar o corpo e mantê-lo sob controle, seja em busca da saúde, da beleza ou, até mesmo, da juventude e assim manter o ego e seguir em busca da “tão desejada perfeição”. É dentro desse assunto que a autora busca uma reflexão sobre o culto ao corpo na atualidade, ressaltando a intrínseca relação entre corpo, tecnologia, saúde e beleza.
Coloca como estudo da Psicologia a preocupação exagerada com o corpo e a obtenção de sua forma perfeita, presentes no mercado, como as dietas, os exercícios físicos, os variados tratamentos de beleza e principalmente as cirurgias plásticas como procedimentos médicos na solução rápida para algumas insatisfações. Apresenta-se como um possível instrumento de adequação ao padrão de beleza estabelecido na sociedade, buscando não só o bem-estar físico, mas também, o psicológico como meio