Algodão em pluma
1.1 - Algodão em pluma
1.1.1- Introdução
A fibra de algodão apresenta um conjunto de propriedades físicas, que determinam o seu valor como matéria prima de importância e se destina, basicamente, à elaboração de fios e tecidos, para o uso doméstico e industrial e para confecção de vestuário.
Seu valor, sua aceitação e procura pelas indústrias têxteis depende da sua qualidade tecnológica que é, em última análise, a capacidade de satisfazer os fins a que se destina. Essa capacidade provém de um conjunto de propriedades físicas resultado de um processo biológico que se desenrola desde o florescimento até a deiscência (abertura) dos capulhos do algodoeiro.
O valor do algodão era mencionado apenas em função de seu comprimento e tipo. Os tecnologistas passaram a compreender melhor a importância de outras características de interesse, na determinação do valor final da fibra do algodão. Dessa forma, passou-se a estudar metodologias que permitissem avaliar com precisão e rapidez as suas principais características tecnológicas.
1.1.2 - Estrutura da Fibra
A fibra de algodão é constituída de quatro partes bem definidas: cutícula, parede primária, parede secundária e lume (ou lúmen).
1.1.2.1 - Cutícula
É a parte mais externa da fibra e constitui uma camada de proteção, fina e resistente, com aparência de verniz. Contém cera, gomas, pectinas e óleos. A cera é responsável pelo controlo da absorção de água pela fibra.
1.1.2.2 - Parede Primária
É a camada situada logo abaixo da cutícula. É constituída por celulose, na forma de fibrilas microscópicas dispostas transversalmente em relação ao comprimento da fibra, em espirais dextro ou levógiras. Numa mesma fibra, o sentido das espirais não muda. A formação da parede primária determina o comprimento da fibra. Essa parede contém outras substâncias também, como açucares, pectinas e proteínas.
1.1.2.3 - Parede Secundária
A parede secundária localiza-se abaixo da parede primária,