Psicologia
Mestrado integrado em Psicologia/ Licenciatura em Ciências Psicológicas 3º Ano
Psicologia e ética na intervenção social e na investigação
A extraordinária
A extraordinária
“A extraordinária resistência das minorias à pressão das maiorias –O caso dos ciganos em Espanha”
Discussão
nota:16
Docente:
Maria Gouveia Pereira Discente: Cláudia Neto Nº 11717, Turma 7
Lisboa, 9 de Janeiro de 2006 Discussão
Há poucos registos sobre a origem dos ciganos, que permanece um mistério. O que hoje se sabe, graças a indícios nos vários dialectos do seu idioma – o romani – é que vieram do norte da Índia para o Médio oriente há cerca de mil anos. Talvez desde que chegaram a Portugal, no século XV, que os ciganos são considerados dignos de pouca estima. De facto, não é necessário consultar arquivos e conhecer as leis concebidas para eles, para compreender que desde de sempre que os ciganos nunca foram bem acolhidos (A etnia Cigana, n.d). Num estudo de 2001, o SOS Racismo assinalava, como mais correntes, os seguintes estereótipos e preconceitos relativamente ao povo cigano: sujos e com má aparência, metem medo, não trabalham, praticam negócios ilícitos, são ladrões, provocam conflitos, vivem à custa do rendimento mínimo, têm casas oferecidas, enquanto “nós” temos que trabalhar muito para ter as nossas, destroem as casas que lhes dão, não se adaptam às normas sociais, criam problemas de vizinhança (barulho, violência e criminalidade), são agressivos, não vão à escola a não ser para ter direito ao rendimento mínimo e provocar desacatos (Antunes, J. 2004) Como toda minoria étnica (ou religiosa, ou linguística), os ciganos têm direitos fundamentais. O primeiro deles é o direito a não ser objecto de discriminação. E a discriminação ocorre quando os ciganos recebem tratamento distinto do concedido aos não ciganos, unicamente pela razão de pertencer a um grupo étnico distinto (acime, n.d).