Parques lineares - conceitos e importância
Os Parques Lineares são intervenções urbanísticas que visam recuperar para os cidadãos a consciência do sítio natural em que vivem, ampliando progressivamente as áreas verdes.
O instrumento Parque Linear é apontado pela bibliografia atual como uma medida sustentável de uso e ocupação das áreas de fundo de vale urbanas, nos âmbitos ambientais, sociais, econômicos e culturais. Contextualizando estas áreas dentro do território brasileiro nos dias atuais, estas são consideradas pela legislação ambiental como APPs – Áreas de Preservação Permanente, ou seja, proibidas de edificação, mas na realidade caracterizam-se como espaços residuais da paisagem natural remanescente, quando existente, e encontram-se geralmente invadidas e degradadas pelo modelo de urbanização adotado até hoje.
Eles se caracterizam, portanto, como uma intervenção urbanística associada aos cursos d’água,e ao tecido urbano, e tem como principais objetivos, proteger e recuperar os ecossistemas associados aos corpos d’água, conectar áreas verdes e espaços públicos, controlar enchentes e criar áreas verdes destinadas a conservação do meio ambiente, de interação comunitária e atividades culturais.
Contribuirão para melhorar a permeabilidade do solo, minimizando as enchentes, além de proteger os cursos d’água ainda não canalizados. Os parques vão reduzir também as áreas de risco, na medida em que evitarão a construção de habitações irregulares nas áreas de várzea dos córregos e ampliar a qualidade de vida das populações que vivem na região, ao disponibilizar equipamentos de lazer.
A instalação de parques lineares é um conceito que surgiu no Plano Diretor Estratégico da Cidade, criado pela Lei nº 13.430/2002. Foi concebido com o intuito de recuperar fundos de vale e cursos d’água, resgatando o papel dos fundos de vale como parte do sistema de drenagem natural e acrescentando-lhes função social.
Outras fontes de pesquisa: