Psicologia
Grávida deprimida sente muita culpa. Afinal, todos esperam que ela esteja pulando de alegria. Mas é preciso ficar atenta com os primeiros sinais de que algo não está bem
O teste de gravidez deu positivo. O bebê com que você tanto sonhou está a caminho. Seu marido ficou maravilhado e está dando um superapoio. Enfim, tudo está correndo bem. Mas, então, por que é tão difícil levantar da cama de manhã? Por que é tão difícil comer, dormir, ver graça nas atividades que antes davam prazer? Se você se reconhece nesse dilema, pode estar com depressão.
A doença atinge de 10% a 20% das mulheres grávidas, e algumas delas podem ter de tomar medicação como forma de tratamento. Segundo Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês, embora não exista um antidepressivo que possa ser indicado para a gestante com 100% de segurança para o bebê, em casos graves é fundamental o médico avaliar o risco-benefício daquela medicação.
Um estudo realizado pela Universidade de Montreal, no Canadá,mostrou que os antidepressivos podem causar até 68% mais riscos de a mulher sofrer um aborto. Como explica Ivan Morão, psiquiatra da maternidade Pró-Matre, um dos riscos do antidepressivo é o tempo de permanência no organismo. “Muitos, como a fluoxetina, podem até mesmo passar para o leite materno”, diz Morão.
Nos casos mais leves, a psicoterapia ajuda bastante, diz o psiquiatra Eduardo Navajas Jr. 'Os benefícios são inúmeros', diz ele. Para Alexandre Pupo Nogueira, nessas situações, o melhor são tratamentos alternativos, como relaxamento, produtos fitoterápicos. É preciso lembrar que, assim como qualquer remédio na gravidez, o uso dos antidepressivos também requer muito cuidado. Se você já fazia uso deles antes mesmo de saber que estava esperando o bebê, converse com o seu médico para que ele avalie a continuação do tratamento.
Até porque um quadro extremo não tratado também pode