psicologia
- Conceitos: Pulsões de vida e de morte Objeto bom e objeto mau Posição Esquizo paranóide e posição depressiva Inveja e Gratidão Superego arcaico e Édipo precoce
Pulsões de vida e de morte: Para Melanie Klein, a pulsão é sempre ambivalente, o amor do objeto não separa sua destruição, a ambivalência torna-se então uma qualidade do próprio objeto. A pulsão de vida está relacionada com as ligações amorosas que constituímos com o mundo, com as pessoas e com nós mesmos. Já a pulsão de morte está ligada com a agressividade contra nós próprios e contra outras pessoas, provocando uma compulsão de repetições que levam à autodestruição. Dois exemplos de pulsão de morte são a ganância (a manifestação da insaciabilidade humana, cuja meta é a absorção destrutiva do objeto desejado) e o ciúme doentio (o medo de perder o que se tem). Onde há pulsão de vida encontramos também a pulsão de morte.
O individuo desde o nascimento, segundo Klein, utiliza-se da deflexão da pulsão de morte. Tal projeção busca representantes externos (seio mau), perseguidores. Porém, também ocorre a introjeção dessas representações externas, o que intensifica a angústia. Isso caracteriza o medo dos impulsos destrutivos internos e faz com que os perigos internos sejam percebidos à luz dos perigos internos, o que aumenta a ansiedade. Essa externalização até certo ponto alivia a angústia, sendo ela um dos primeiros métodos de defesa do ego, permanecendo fundamental no desenvolvimento. Por outro lado, a pulsão de vida também é defletida para fora, e por meio da libido, prende-se ao objeto externo, a saber, o seio bom, o seio gratificador, que por sua vez também é internalizado. Esta internalização torna-se fundamental para a autopreservação, constituindo-se uma parte vital do ego. O seio bom internalizado e o seio mau devorador formam o núcleo do superego, em seus aspectos bons e maus.
Objeto bom e objeto mal: