psicologia
Etimologicamente o termo fenomenologia significa estudo ou ciência do fenômeno.
A fenomenologia surgiu no século XX propondo uma volta das pesquisas filosóficas ao homem abrangendo seus aspectos racionais e irracionais. Ela aparece como crítica tanto ao idealismo, que visava à ideia ou consciência como a instância última de criação de realidade, quanto ao positivismo que afirmava o conhecimento com sua origem estritamente vinculada aos sentidos.
O método fenomenológico abre mão de afirmar uma realidade ou coisa-em-si kantiana para voltar-se ao homem e sua experiência, oriundas tanto dos aspectos racionais quanto irracionais. Seu foco está em avaliar a experiência humana do mundo no âmbito das coisas como aparecem (fenômeno).
Husserl, grande desenvolvedor desse método, buscou trabalhar aquilo que se manifesta, rompendo com a pretensão de pensar a coisa-em-si como anteriormente se fazia. Seu método consiste em dois pontos iniciais: a via negativa e a positiva. A primeira propõe uma epoché, suspensão de juízo, para analisar a coisa como é conhecida, como aparece ao sujeito. A segunda é o movimento próprio de dirigir-se a coisa após essa suspensão.
O fenomenólogo critica três métodos epistemológicos: psicologista, aristotélico e cartesiano. O psicologismo (que nada tem a ver com a psicologia atual) concebia o conhecimento reduzido à esfera das sensações. O método cartesiano buscava a clareza e distinção. Entretanto, o método de Descartes, segundo a crítica, baseia-se numa evidência ingênua da epistemologia tradicional.
A fenomenologia, portanto, está baseada na análise da experiência tal como se manifesta. O conhecimento é essencialmente intencional. O que significa isso? Primeiramente, é importante saber que para conhecer é necessário compreender três elementos. (1) A hýle (matéria) que são os dados sensíveis. (2) A noesis (forma) que dá o sentido ao objeto apreendido pela sensibilidade. (3) A noema é o significado ideal da coisa. Entretanto,