Psicologia
Vamos deixar bem claro uma coisa. Para algo ter história, é necessário primeiro esse algo ter sido inventado. A palavra Neurociência foi criada em 1970 (Bear et. al, 2001), portanto, a história da Neurociência só pode ser contada corretamente a partir de 1970. A Neurociência é um campo novo, porém, possui influências antiquíssimas; possui estudos científicos e não científicos que remontam desde a filosofia grega até os modernos exames de imagens atual.
No período clássico da história Antiga tivemos duas doutrinas com relação à localização da mente: a hipocrática (de Hipócrates, considerado pai da medicina) que localizava a mente no cérebro e que se mostrou ser a verdadeira para os nossos tempos e a aristotélica que afirmava que a mente tinha a sua sede no coração, não atribuindo nenhum papel ao cérebro, ao não ser o de esfriar o sangue. Para Aristóteles a psique era uma entidade, ou "substância", como os filósofos a chamavam, independente do corpo.
Período Neolítico:
Trepanações cerebrais para expulsar os demônios do corpo.
Grécia:
Surge as perguntas mais sistematizadas sobre onde está a mente e como ela interage com o corpo.
Demócrito e Hipócretes sugerem que a mente está no cérebro e que os nervos são ocos. Essas intuições filosóficas foram baseadas na instrumentação clínica, pois à época, não se dissecava os cadáveres.
Aristóteles, pouco tempo depois, regride esse conceito e sugere que a mente está no coração e não no cérebro. Ele tinha essa ideia por observação. Uma pessoa com uma emoção forte fica com o coração acelerado, por exemplo. Disso ele fez a associação inversa de causa e efeito. Pelo coração ter alterações durante eventos emocionais, só podia ser nele a origem da mente. Essa constatação Aristotélica tem heranças até hoje. Por exemplo, quando falamos que decoramos um texto de cor, significa que decoramos o texto de coração, situando a memória também no coração e não no cérebro.
Roma:
Galeno pela primeira vez