O texto relata toda a história e caminhada social da criança em seu meio familiar.É possível perceber o quanto a forma de criação e educação,na sociedade medieval,era diferente da que utilizamos hoje. Ela era carregada de costumes e sentimentalmente inferior a que designamos as crianças atualmente.A criança era tida como uma espécie de instrumento de manipulação ideológico dos adultos.As crianças não eram maltratadas e nem desprezadas por seus pais,o que não existia era o sentimento,a afeição,o carinho fraterno.A fase da infância não existia,não havia a afeição dos pais por seus filhos,ou por outras crianças.A criança muito pequena,do seu recém nascimento até por volta dos seus quatro anos,ainda frágil e totalmente dependente dos cuidados da mãe "não contava" como filho.A questão de "não contar" era devido a grande taxa de mortalidade infantil nesta época.Prova desta falta de afeição é a frase citada por Montaigne:"Perdi dois ou três filhos pequenos,não sem tristeza,mas sem desespero." A partir do momento em que as crianças se encontravam em idade que já eram julgadas independentes já eram inseridas no mundo dos adultos.Elas não passavam pela fase que hoje denominamos infância,até porque essa idéia de "fase" não existia naquela época,este termo foi estabelecido nesta sociedade atual. Assim os sinais de sentimentos foram aparecendo e se desenvolvendo a partir do final do século XVI e durante o século XVIII,onde os costumes começaram a mudar,tais como a maneira de se vestir,a preocupação com a educação,a separação das fases do ciclo vital.Até o final do século XVIII as escolas não faziam a separação das crianças por sua faixa etária. Até que surge a fase da infância valorizando na criança sua ingenuidade,gentileza e graça.Tornaram-se,também,uma fonte de distração e relaxamento para o adulto.Originariamente este sentimento pertencia as mulheres encarregadas de cuidar das crianças,suas mães ou amas. Este novo sentimento surgiu denominado "paparicação",o primeiro no