psicologia
A psicopatia é um tema pouco explorado na Psicologia. Um dos motivos disso acontecer é porque o assunto envolve mortes, sexualidade e abusos – conteúdos geralmente “proibidos” de serem discutidos em nossa sociedade. Mais tabu ainda são os casos de psicopatia infantil
É de senso comum que a psicopatia é uma doença incurável, onde o indivíduo já nasceria com ela e desde a infância apresentaria problemas comportamentais e condutas criminosas. Um dos comportamentos mais comuns de tais indivíduos seria os maus-tratos aos animais, além da incapacidade absoluta de amar e sentir compaixão. Entretanto, para a Psiquiatria nenhuma criança pode ser diagnosticada como psicopata. De acordo com o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), isso só pode ser feito à partir dos 18 anos. Apesar disso, as crianças e os adolescentes podem ser enquadrados no Transtorno de Conduta, caracterizado por um padrão comportamental agressivo e violento. Todavia, há uma tendência na Psiquiatria em determinar que a psicopatia não é uma doença, mas sim um Transtorno de Personalidade, assim como a depressão, bipolaridade e borderline. Mesmo assim os psiquiatras dizem que os psicopatas já nascem dessa forma: maldosos.
Para se ter uma ideia de como o tema é pouco explorado, são poucas as obras que pode-se encontrar sobre a psicopatia, em língua portuguesa, pelo menos. Aqui, é fácil encontrar o péssimo livro “Mentes Perigosas – O Psicopata Mora ao Lado”, da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva. O tópico é abordado de forma extremamente superficial. Segundo a autora, todo e qualquer psicopata nasce com a personalidade psicopática pronta:
Importante destacar que ninguém vira psicopata da noite para o dia: eles nascem assim e permanecem assim durante toda a sua existência. Os psicopatas apresentam em sua história de vida alterações comportamentais sérias, desde a mais tenra infância até os seus últimos dias, revelando que antes de tudo a