psicologia
Os autores descrevem o caminho percorrido para a psicologia se tornar uma ciência independente, trazendo uma visão panorâmica e crítica. Segundo o livro, a psicologia ganhou um território próprio somente a partir de meados do século XIX, se destacando no ensino e na pesquisa e com a existência do psicólogo.
Para acontecer o surgimento da psicologia, os autores comentam que existiram algumas precondições culturais, como a experiência da subjetividade privatizada, na qual o homem sente que suas sensações são próprias, originais, incomunicáveis. Com as crises sociais e a quebra de tradições culturais, o homem perde seus referenciais e descobre que é responsável pelas suas próprias decisões e passa a crer na liberdade.
Com o desenvolvimento da modernidade e sua crise, percebeu-se que o homem não é tão livre e tão diferente de outras pessoas como imaginava, ajudando a formular e entender o que está por trás das experiências. A psicologia surgiu, então, para compreender o comportamento humano, os projetos de previsão e controle científico.
Os conhecimentos da Filosofia e dos pesquisadores da época ajudaram na visão da psicologia como uma ciência. Ao mesmo tempo em que o cientista se via na condição de dominar a natureza, criou-se a crença da objetividade, para a obtenção de um conhecimento verdadeiro e o entendimento e dominação da subjetividade.
A obra cita alguns projetos de psicologia como ciência independente, como o Projeto de Wundt, o projeto de Titchener, a psicologia funcional, o comportamentalismo, a psicologia da Gestalt, o behaviorismo radical de Skinner, a psicologia cognitivista de Piaget e a psicanálise freudiana.