Psicologia

Psico-oncologia pediátrica
Enviado por portal oncopediatria, Sex, 08/04/2005 - 17:42
Um observador participante é como deve agir o psicólogo que trabalha com crianças e adolescentes com câncer. Atitude necessária, antes de tudo, para apreender a realidade do paciente e dos familiares. A partir daí, ele pode então propor ações, explicando aos envolvidos o que está acontecendo, sempre num clima de acolhimento e compreensão.
O tratamento de câncer de uma criança envolve a família, uma vez que todos são afetados pelas inúmeras internações do paciente ao longo de anos, assim como pelos procedimentos agressivos e, principalmente, pela possibilidade da morte.
Além dos atendimentos individuais que o psicólogo realiza com a criança e sua família, desde o diagnóstico (psicoterapia de apoio e esclarecimento), tem-se mostrado muito importante o trabalho com grupos de pais e grupos lúdicos com as crianças, com os irmãos de pacientes, de reintegração escolar e casa de apoio para famílias que moram em cidades distantes do local de tratamento. São recursos que ajudam a amenizar as situações difíceis com a doença e tratamento.
Para a criança que se trata de um câncer e está vivendo sentimentos tumultuados, como medo, raiva, revolta e insegurança, o desenho, a arte, as histórias e os brinquedos são meios para deixá-la mais receptiva à vida. "A criança fala por meio do desenho e da brincadeira", diz a psicóloga Elizabeth Ranier Martins do Valle (foto), de Ribeirão Preto. Através das cores, formas, histórias, expressões faciais e verbais, o profissional sensível e preparado capta sua mensagem. "São momentos lúdicos em que procuramos entender suas preocupações e necessidades. Porque quando a criança compreende o que está acontecendo com ela, passa a colaborar melhor com o tratamento".
Quando entrar em cena
Quando chega ao hospital, a família traz preocupações, muitas vezes, após longa peregrinação por pediatras ou centros de saúdes. Nesse momento, a psico-oncologia entra em