Psicologia
O tema da inteligência nos remete a necessidade de um breve percurso histórico, situando diferentes concepções vigentes que se expandiram tanto no campo da Psicologia quanto no da Educação. Este é um tópico presente nas discussões sobre a aprendizagem escolar, pois frequentemente, relacionamos o êxito ou fracasso do rendimento dos alunos a um alto ou baixo nível de inteligência. E não é uma relação simples.
Antes de ler a definição de inteligência que trazemos na unidade, pense um pouco sobre o que é para você uma pessoa inteligente?Quais as características que ela possui?
Do latim intelligare, relativo ao que sabe juntar, unir e enlaçar, a inteligência vai além de resultados obtidos pelos estudantes, expressos em notas, índices e fatores. Ao contrário, ela está relacionada com aspectos próprios do sujeito e com as infl uências do ambiente (cultural), manifestando-se de forma singular nas situações formais (escolas, cursos, treinamentos, etc.) e informais de aprendizagem, experimentadas por ele em seu cotidiano. A inteligência articula-se também com a capacidade do ser humano de conhecer e entender a realidade que o cerca, de modo a dominá-la e transformá-la. É, portanto, um processo aberto e mutável. Estamos sempre aprendendo e aprofundando conhecimentos em nossa relação com os outros.
O conceito de inteligência tem sido objeto de transformações ao longo dos últimos dois séculos. A origem do estudo psicológico da inteligência (e de sua relação com a educação) situa-se em fins do século XIX, marcada pela importância atribuída as diferenças individuais na esfera do intelecto. Era a época em que a Psicologia Experimental iniciava pesquisas empíricas sobre variações entre os indivíduos, baseada no paradigma da medição da inteligência (COLL e ONRUBIA, 2004).
Os primeiros autores a abordarem o tema na Psicologia foram o britânico Francis Galton, o norte americano James Cattell e o francês Alfred Binet. Sobre as diferenças individuais