Psicologia
Eduardo O C Chaves
I. Introdução
A chamada política de informática brasileira como muitos já assinalaram, tem contemplado até aqui quase que tão-somente os aspectos tecnológicos e industriais da informática. Para fazer jus a essa denominação, teria que abranger várias outras áreas, entre as quais certamente se encontra a educação. É notório que não basta decretar a reserva do mercado brasileiro para as indústrias nacionais para que aconteça o desenvolvimento de tecnologia própria. É necessário também, entre outras coisas, tomar medidas que preparem a sociedade, e em especial os jovens, para as transformações que estão acontecendo e as que vão ocorrer em decorrência da introdução maciça do computador na sociedade brasileira. E é aqui que a educação tem um papel a desempenhar. Uma política de informática real deve contemplar muito mais do que o simples fabricar de computadores: deve englobar as medidas necessárias para que a sociedade saiba fazer bom uso deles e esteja preparada para as transformações sociais e culturais que advirão de seu uso em larga escala.
Os órgãos até aqui responsáveis pela formulação e condução da política de informática brasileira, conquanto privilegiando, por uma série de compreensíveis razões, os aspectos tecnológicos e industriais, não descuidaram totalmente dos outros aspectos mencionados. Testemunham-no os projetos: Educação e Computadores (EDUCOM), Microcomputadores na Medicina (MICROMED), Agropecuária e Computadores (AGROCOM), e Microcomputadores na Pequena e Média Empresa (MICROPEME), que são dedicados a pesquisar o uso de microcomputadores em diferentes áreas da atividade. Foram concebidos e gerados pela Secretaria Especial de Informática (SEI), órgão criado, em 1979, junto ao Conselho de Segurança Nacional e hoje vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia.
Inicialmente, vamos analisar o desenvolvimento histórico do Projeto EDUCOM, o projeto brasileiro de