Psicologia
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SOBRE O TRABALHO, O TRABALHADOR E A TEORIA DAS
ORGANIZAÇÕES: UMA LEITURA CRÍTICA
Ana Cristina Batista-dos-Santos,
Monique Fonseca Cardoso,
Emanuelly Alves Pelogio,
Inácia Girlene Amaral,
José Arimatés de Oliveir
O trabalho é, na maioria das vezes, pai do prazer.
Voltaire
Resumo
O texto apresenta resultados de uma pesquisa sobre os construtos trabalho e trabalhador.
Parte de duas questões mobilizadoras: (i) Quais os sentidos socialmente construídos e manifestos do construto trabalho, ao longo da história da humanidade?; (ii) Quais as concepções de trabalhador historicamente emergentes e dominantes no campo da Teoria das
Organizações? Metodologicamente, se constitui como uma pesquisa qualitativa crítica por buscar desvelar as contradições inerentes aos temas. Operacionalmente, realizou-se uma pesquisa bibliográfica pela possibilidade desta obter dados em resposta a problemas formulados e, também, por permitir trabalhar com ideologias. Dentre os resultados, apresenta, quanto à primeira questão mobilizadora: (i) as diferenciações entre labor e trabalho; (ii) os sentidos do trabalho nas sociedades pré-letradas, na antiguidade, na idade média e na modernidade. Quanto à segunda questão, identifica as seguintes concepções de trabalhador na
Teoria das Organizações: (i) trabalhador como indivíduo ignorante e legalmente dominado, na abordagem clássica; (ii) trabalhador como indivíduo apoliticamente comportado, na abordagem humanista; (iii) trabalhador como indivíduo funcionalmente ajustado, na perspectiva sistêmica. Finaliza reafirmando a centralidade do trabalho para compreensão da vida em sociedade, entendendo que aquele é dialeticamente estruturante e estruturado por esta última, lhe é produto e produtor, a explica e é por ela explicado.
Palavras-chave: Trabalho. Trabalhador. Teoria das Organizações. Crítica.
1 Introdução
O texto apresenta os resultados de uma pesquisa