psicologia teoria e pesquisa
A Psicologia Cognitiva foi influenciada pelo advento do computador digital. Tomados pelo Zeitgeist da época, os psicólogos ficaram fascinados com esse avanço tecnológico (Best, 1992). Em 1956, ocorreram vários encontros e reuniões científicas para discussão de temas relacionados a Psicologia Cognitiva, além da publicação de estudos importantes, como a primeira tentativa de abordar a formação de conceitos a partir de uma perspectiva da Psicologia Cognitiva por Bruner, Goodnow e Austin (1956). Neste mesmo ano, foi fundada a inteligência artificial (utilização da analogia da máquina para entender o funcionamento da cognição). Remonta deste momento histórico a metáfora do computador para a cognição humana.
Devido aos vários avanços científicos nesse mesmo ano de 1956, este é convencionalmente apontado como nascimento formal da Psicologia Cognitiva (Eysenck & Keane, 2007). Porém o primeiro livro-texto geral de Psicologia Cognitiva foi de Ulrich Neisser e chegou aos programas de graduação somente após 1967. O livro Cognitive Psychology organizado por Neisser (1967) trouxe os avanços da ainda jovem Psicologia Cognitiva e o ponto de vista da Teoria do Processamento da Informação. Neisser definiu Psicologia Cognitiva como a psicologia que se refere a todos os processos pelos quais um input (entrada) sensorial é transformado, reduzido, elaborado, armazenado, recuperado e usado. Neste livro, ele traz a noção de códigos cognitivos utilizados para possibilitar os processos mentais. Para ele, os processos cognitivos criam códigos que são úteis para as pessoas, utilizáveis no seu dia-a-dia. Neisser também lança as bases da noção de conhecimento, que seria desenvolvido individualmente por meio desses códigos cognitivos, tornando-nos hábeis a trabalhar, tomar decisões, estudar, jogar futebol, etc.
Outra característica da Psicologia Cognitiva desde cedo foi a preocupação com o método (Neufeld & Stein, 1999). A exemplo do Behaviorismo Metodológico, a