Psicologia social
Curso: psicologia A
Ser mulher hoje: a visão das mulheres que não desejam ter filhos.
Esquema
1. Introdução
1.1. Nas últimas décadas, grandes e aceleradas mudanças podem ser observadas nos mais diversos campos de nossa sociedade, seja na economia, na política ou na cultura, dentre as mudanças mais significativas e de particular interesse para nosso estudo, estão as que ocorreram na relação da mulher com a maternidade.
1.1.2. Apesar de a maioria das mulheres acabarem por se tornar mãe em algum momento da sua vida, tem havido uma tendência crescente entre elas a adiar ou a optar por não ter filhos, como vem sendo apontado em estudos.
1.1.3. Ao papel de mãe caminhou paralelamente a uma discriminação em massa das mulheres, uma vez que, por conta disso, a elas foram negadas todas as capacidades socialmente valorizadas na esfera pública. Tal fato acabou por afastá-las do mundo do poder e dos negócios, e seus efeitos, em maior ou menor grau, ainda hoje podem ser sentidos.
1.1.4. Em grande parte, devido à visão da maternidade como atrelada a uma suposta natureza feminina, a mulher ficou, durante muito tempo, enclausurada no espaço doméstico, voltada, principalmente, para os cuidados e a educação dos filhos, sendo a maternidade sua função maior, era inconcebível não apenas o seu adiamento como, a opção pela não maternidade. Assim, tão logo as mulheres se casavam, deveriam vir os filhos, quando esses tardavam muito a chegar, elas eram geralmente vistas como vítimas de um destino biológico cruel que as impossibilitava de ter filhos.
1.2. Final da década de 1960 e o início da década de 1970, porém, como aponta Goldenberg (2001), constituíram marcos fundamental nas transformações operadas nos papéis femininos e masculinos na sociedade Brasileira, buscaram desmitificar a ideia de uma natureza feminina e masculina, homens e mulheres passaram, então, a ser pensados numa relação de alteridade, reforçando-se a concepção de que