PSICOLOGIA SOCIAL
Para a teoria histórica - social, o primata humano pode ser definido como um ser biológico antes de possuir domínio de fala, mas pode - se considerá-lo nessa fase como tendo uma protocultura. No entanto, entram num processo plenamente cultural quando já dominam o uso da fala, o que as permite processar o simbólico contido nas instituições culturais. Pode-se dizer que o homem é um animal que usa símbolos porque houve um desenvolvimento do seu cérebro para tal, no decorrer de sua filogênese.
A teoria histórica - cultural considera importante à filogênese dos processos psicológicos. O ser humano, ao nascer, trás consigo determinados comportamentos inatos, ligados a sua estrutura biológica. Entretanto, no decorrer de seu desenvolvimento é moldado pela atividade cultural de outros com quem ele/ela se relaciona. Cada indivíduo ao nascer, encontra um sistema social criado através de gerações já existentes e que é assimilado por meio de inter-relações sociais. Não se trata de colocar acima do indivíduo como um ser isolado acima da sociedade.
O ser humano desenvolve, através dessas relações, um "eu" ou pessoa (self), isto é, um autocontrole "ecoico", que é um aspecto do "eu" no qual o individuo se controla pela auto-instrução falada, de acordo com sua autoimagem ou imagem de si próprio. É um ser que, tendo "instintos" ou comportamentos pré- programados, passa através da vida social a adquirir a fala e a planejar e controlar sua atividade e de outrem, através de representações mentais. A vida social supõe entrelaçamento entre necessidades e desejos em uma alternância entre dar e receber. A razão e a mente não são substâncias, mas produtos de relações em constantes transformações. Os “instintos” e as emoções sofrem transformações no decorrer da vida social. Os papéis sociais e as instituições humanas se originam de inter-relações pessoais que são cristalizadas através de regras e que inicialmente são hábitos adquiridos e as instituições,