Psicologia Organizacional. Da administração Científica à Globalização: uma história de desafios
A Psicologia Organizacional (PO) relaciona-se ao conhecimento multidisciplinar do comportamento dos indivíduos e grupos situados no campo da estrutura e funcionamento da organizações.
Sua história mostra sua importância como interdisciplina e a interdependência com as necessidades, valores e expectativas do processo de industrialização. Assim, a PO contribuiu para a formatação do desenvolvimento na forma de trabalho generalizadamente chamada de emprego!
Em seus primeiros anos, a PO abordou problemas técnicos relacionados ao fluxo de produção o a estrutura de hierarquização, normalmente com foco na mais valia. Foi criticada como aliada do capital, desumana, falsa ciência.
A PO tem importantes contribuições na institucionalização da relação homem-trabalho, sob a forma de emprego, no sec XX e agora tem o desafio da re-institucionalização do trabalho no sec XXI, no cenário globalizado, com teleinformação e empreendedorismo. A mudança re-equaciona o desenvolvimento dos negócios e o crescimento psicológico do ser humano.
Ocorre hoje a migração do modelo operário-gerencial para o virtual-empreendedor, de fabricas poluídas, para empresas virtuais.
O berço da PO identifica-se com o trabalho de 3 autores: - Patrizi (Italia), - Kraepelin (Alemanha), - Lahy (França). Os dois primeiros dedicaram estudos para compreender a fadiga e o terceiro levou suas pesquisas para a organização de tarefas que constituem o fluxo de produção. O trabalho de Lahy prenuncia o modelo de seleção que perduraria por 60 anos seguintes.
A transição das maquinas à vapor para motor trouxe a tecnologia eletromecânica, com mais velocidade, sofisticação e diferenciação ocupacional. Era necessária maior articulação do processo e mais controle sobre a eficácia. A PO junto a outras disciplinas ofereceu pesquisas e explicações sobre desempenho, padrões de ritmo, movimento e capacitação.
Os