Psicologia orgaizacional da toyota
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Na produção enxuta, parte da informações, principalmente as relativas aos dados de qualidade e produtividade, é colocada em quadros para comunicação interna dentro da própria fábrica, ficando disponível a todos os funcionários.O processo de formação e treinamento é mais demorado. Primeiramente, no sentido de capacitar os operários a exercer suas tarefas, que agora são múltiplas embora muitas vezes ainda rotineiras. Num segundo momento, como o sistema é mais flexível, sujeito a constantes aperfeiçoamentos e mudanças, é necessário que o operário esteja envolvido num processo de formação constante, seja via empresa, seja via individual (DITTRICH, 1999).
A possibilidade de melhorias contínuas, o kaizen, e a co-responsabilidade no proceso produtivo, exigem do trabalhador um pensamento mais elaborado, mesmo em nível operacional. No novo sistema, o trabalhador precisa aprender a perceber e analisar problemas relativos ao seu trabalho, para poder influir no seu aperfeiçoamento. Necessita desenvolver a iniciativa para buscar soluções.
No trabalho em equipe, precisa aprimorar suas habilidades interpessoais de participação, comunicação, administração de conflitos, assumindo compromissos e se comprometendo
(TRACTENBERG, 1999). Muitas vezes precisa assumir a liderança em determinadas questões, o que antes era completamente inibido.
Nos níveis de supervisão e gerência também houve mudanças significativas.
Segundo LIMA (1995), este foi o nível mais afetado e de forma mais negativa, na medida em que as situações de trabalho passaram a ser altamente competitivas, até agressivas, exigindo posturas diferenciadas para quem pretenda manter-se neste sistema produtivo. Para ela, o novo trabalhador, principalmente em nível de chefias intermediárias e gerências, dentre outras características deve ser: altamente competitivo e, ao mesmo tempo, altamente cooperativo; muito individualista e, ao mesmo tempo, capaz de trabalhar em equipe; capaz de