Psicologia no Esporte
A Psicologia no Esporte como área específica de produção de conhecimento e aplicação, tem já percurso e história consideráveis. Segundo Rubio (2000), a história da psicologia no esporte confunde-se com a da psicologia de um modo geral, já que os primeiros estudos relacionados “aspectos psicológicos” e atividades físicas datas do final do séc. XIX e início do séc. XX. Ocorre que somente nas décadas de 60 e 70 é que a área começa a receber maior atenção e organização, tanto na Europa como na América do Norte. É possível falar do Brasil, através da perspectiva da copa de 50. No Brasil, tivemos alguma produção nas mesmas décadas com trabalhos aplicados. No futebol, porém, foi somente na década de 90 que a psicologia aplicada ao esporte começou a obter maiores investimentos, reconhecimento social e acadêmico. De modo mais detalhado sobre a organização e desenvolvimento da área, vemos que, em 1965, é fundada a Sociedade Internacional de Psicologia do Esporte. (ISSP). Pouco a diante, em 1968, é fundada a Sociedade Americana para Psicologia do Esporte e Atividade Física (NASPSPA). Apesar da função das sociedades nacionais e internacionais desde o final da década de 60, é somente em 1986 que a Associação Americana de Psicologia (APA), reconhece a psicologia do Esporte como especialidade (divisão 47), e estabelece critérios de formação específica. No Brasil temos a fundação SOBRAPE (Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte), em 1979 e, em 2001 é criado o registro de especialista pelo Conselho Regional e Federal que pode ser considerado como um reconhecimento ao desenvolvimento da área. Tanto no Brasil como no exterior, a organização das sociedades e eventos como congressos regionais, assim como a inclusão de disciplina na grade curricular de cursos de educação física e psicologia, a criação de especialização, e a publicação específica são evidências do nível de desenvolvimento da área.