A Psicologia Médica como uma disciplina composta, que se nutre da psicologia para jogar luz em vários aspectos das ciências médicas. Os progressos da psicologia em seus diferentes ramos têm seu reflexo no domínio médico e isto se faz sentir especialmente na Psicologia Médica. Diante do exposto, sentimos a necessidade neste trabalho de situarmos como uma contribuição da psicologia. A psicologia médica aplicada a neurologia pode e tem auxiliado no entendimento da psicopatologia associada a doenças como o Autismo Infantil, a Esquizofrenia, Transtornos Paranóides, Erotomania, entre outros. Ainda dentro deste propósito, nos interessamos em arrolar as dificuldades metodológicas que cercam a utilização, dentro de um paradigma científico positivista, do constructo Teoria da Mente em estudos empíricos e que, em última análise, têm obstaculizado na atualidade a plena incorporação deste constructo pelas ciências médicas baseadas em evidências. Antes, porém, pretendemos oferecer àqueles menos familiarizados com a neurologia uma rápida revisão de alguns de seus aspectos mais relevantes. Estes constituem nossos objetivos. De acordo com o citado no livro psicologia médica aplicada a neurologia , muitos médicos confundem alguns sintomas relacionados a ansiedades , depressão e problemas emocionais com transtornos mentais ou até mesmo uma doença mental, e em alguns casos de problemas neurológicos relacionados ao sono , há uma certa intenção de se “ medicalizar” esses pacientes afim de retardar ou acabar com esses sintomas , que por muitas vezes poderia ser tratado por um simples tratamento psicoterápicos. Frith e Corcoran (1996), como já adiantado anteriormente, sugeriram que um déficit de metarepresentação (um dos aspectos da Teoria da Mente, ou seja, a representação da representação, ou ainda, a possibilidade de manipular mentalmente e refletir sobre as representações) pode ser responsável pela maioria dos sintomas esquizofrênicos e, portanto, este prejuízo estaria no centro de