Psicologia medica
A psicologia médica esconde uma pluralidade de concepções.
Em 1922, Ernst Kretschmer, considerado o “patriarca da psicologia médica”, aplica essa denominação a uma disciplina especial. Para Kretschmer, o médico de espírito aberto sente no seu aprendizado uma dupla lacuna. Ele necessita de uma psicologia surgida da prática médica e que se destina aos problemas práticos de sua profissão. Além disto, a busca da psicologia corresponde freqüentemente ao desejo do médico de penetrar na região espiritual da psicologia do reconhecimento nos problemas éticos e estéticos da vida dos povos, ligando organicamente seu círculo de pensamentos médicos e de ciências naturais ao horizonte da ciência espiritual.
Para Shneider, a meta primordial da psicologia médica consiste em instruir psicologicamente o médico com o intuito de que dessa forma ele possa melhor compreender o paciente. Na verdade, pode-se dizer que o conhecimento e a aprendizagem da psicologia médica resulta além da aquisição de conhecimento, uma preparação humana para o exercício da medicina, e no caso de um aluno de psicologia, implica também a personalidade do aluno. Assim, se o aluno acaba o curso de psicologia sem haver mudado em nada suas atitudes, se impõe uma revisão do procedimento.
Delay & Pichot conceituam a psicologia médica como uma atitude ante a doença e o doente, uma atitude interna que cumpre ao médico aprender a lidar, ampliar e aprofundar, quanto possível, sua capacidade de compreensão, não apenas para a sondagem de correlações admissíveis entre enfermidade-enfermo, mas para conhecer melhor os diversos tipos de pacientes que venham a confiar em seus cuidados, e diante dos quais há que saber modular sua conduta para maior adequação e eficácia de sua assistência e tratamento.
Ainda por psicologia médica, pode-se dizer que é uma disciplina que visa proporcionar ao médico e profissionais de saúde informações e conhecimentos suficientes para que ele possa compreender o doente