PSICOLOGIA JURIDICA
PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO
ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA JURÍDICA - JUDICIÁRIO
CURITIBA 2013
1.0 Contribuições para a formação de psicólogos jurídicos: uma década de experiências
No Brasil, os primeiros psicólogos a atuarem junto à justiça encontraram nas varas de família, criminais e da infância e juventude, demandas amparadas no modelo pericial. Mas, estes profissionais logo perceberam a necessidade de implementação de outras formas de atuação que considerassem a cidadania, os direitos humanos e a saúde dos indivíduos envolvidos com a justiça. Com as transformações que acompanham a Pós-Modernidade, encontra-se no final do século XX e início deste século, panorama no âmbito jurídico caracterizado por alto índice de criminalidade, aumento de crianças em situação de risco e de adolescentes com prática infracional, dificuldades nos processos de adoção, além das constantes dissoluções e reconstruções de vínculos familiares. Todas estas situações implicam em atuações do poder judiciário, no qual certamente não está só envolvido um ser de direito, mas também um ser psicológico.
Portanto, temas como Psicologia do Desenvolvimento e da Personalidade, Psicopatologia, Teorias e Técnicas de Avaliação Psicológica e Intervenção, dentre outros, são fundamentais para a inserção do psicólogo no campo jurídico. A partir daí, o profissional pode ser beneficiado pela formalização de espaços acadêmicos que incitem a reflexão, a crítica e o estudo da prática psicológica na justiça, fornecendo subsídios para atuação inovadora e contextualizada à realidade brasileira. Foi com esta perspectiva que desde 1997 o curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná passou a ofertar estágio curricular profissionalizante em contextos jurídicos.
A primeira experiência ocorreu a partir de solicitação da Promotoria do