PSICOLOGIA JUR DICA Leitura Complementar
Professora: Fernanda Molinari
PSICOLOGIA JURÍDICA: UMA DISCIPLINA AINDA POR FAZER
Jorge Trindade1
Fernanda Molinari2
RESUMO
O presente artigo propõe-se a mostrar que a psicologia jurídica, mesmo gozando de maior popularidade nos últimos anos, continua a ser uma disciplina ainda por fazer. De nascimento experimental, a psicologia, inclusive a jurídica, tem resistido ao discurso jurídico, enquanto o direito, preso a uma hegemonia epistemológica, tem dificuldades em aceitá-la, fazendo apenas concessão para uma disciplina auxiliar. Assim, a psicologia jurídica restringiu-se à psicologia para o direito, permanecendo longe de qualquer interferência no processo dos fundamentos do direito, ou seja, da psicologia do direito, bem como afastada das questões psicológicas que intrinsecamente compõem o mundo normativo, ou seja, da psicologia no direito.
Palavras-chave: Psicologia Jurídica, Psicologia do Direito, Psicologia no Direito e Psicologia para o Direito.
1
Professor Titular da Universidade Luterana do Brasil, Pós-doutorado em Psicologia Forense e do
Testemunho, Doutor em Psicologia Clínica, Doutor em Ciências Sociais, Livre Docente em
Psicologia Jurídica, Psicólogo Especialista em Psicologia Clínica e Jurídica. Advogado (Procurador
Inativo do Ministério Público). Vice-Presidente da Comissão Especial da Criança e do Adolescente da
Ordem dos Advogados do Brasil (Secção RS). Presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia
Jurídica (SBPJ).
2
Doutoranda em Psicologia Forense pela Universidade Fernando Pessoa (Portugal). Advogada.
Mediadora de Conflitos. Psicanalista Clínica. Especialista em Direito de Família pela PUC/RS. MBA em Direito Civil e Processo Civil pela FGV. Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia
Jurídica. Vice-Presidente da Associação Brasileira Criança Feliz. Diretora do IBDFAM/RS e
Coordenadora da Comissão de Mediação. Coordenadora do Núcleo de Mediação em contextos de
Alienação Parental, da CLIP E-mail: