Psicologia forense - resumo
I. Definição de Psicologia Forense
Domínio e aplicação da psicologia que pretende dar resposta às questões teóricas e práticas que o sistema de justiça coloca aos psicólogos. Não é uma área do saber mas sim uma área de aplicação. Nesse sentido, o que encontramos são: actividades de investigação (p.e., tomada de decisão, entrevista cognitiva, etc); consultoria para juízes ou advogados; testemunhos periciais (ver se a pessoa está em condições no ponto de vista psicopatológico, se poderá ser viável como testemunha – criança, se o que diz resulta da aprendizagem); pareceres relativos a problemas surgidos em diferentes momentos do processo judicial; acompanhamento clínico de vítimas, agressores e delinquentes; selecção de jurados.
Apesar das várias definições Blackburn considera que a psicologia forense se refere à disponibilização de informação psicológica com a finalidade de facilitar uma decisão legal. Ou seja, não descreve um forma particular de conhecimento e refere-se a uma função ou papel que os psicólogos de várias áreas têm com finalidade de ajudar o sistema de justiça.
- Aquilo que temos de fazer é informar o sistema de justiça, não é dizer qual a decisão que deve ser tomada – temos de reportar informação útil para o Juiz tomar a decisão. Porém, todas as informações não são neutras – por exemplo, a WISC, várias provas psicológicas são cotadas quantitativamente – a partir desta cotação fazemos algumas inferências. Isto leva a que seja posta alguma dimensão interpretativa de cada profissional; BSI- distinção básica entre perturbação e não perturbação, permite-nos saber quais as áreas mais afectadas, é fácil ter 2 avaliações iguais – o mesmo não acontece com as técnicas projectivas (a margem de interpretação é muito grande).
Em suma, a margem para se ter diversas interpretações é muito grande. É importante ter a colaboração de mais um técnico, e a utilização de várias estratégias para a recolha de informação.