Psicologia - estruturalismo
Se no campo das ciências naturais, o romantismo nunca tomou assento, no campo das ciências morais ele frutificou, passando por sérias transformações que dizem respeito, fundamentalmente, à atividade crítica auto-reflexiva que procurava oferecer às ciências morais um terreno epistemológico seguro. Os estruturalismos nasceram no contexto dessa problemática e formam o conjunto de soluções mais rigoroso do ponto de vista metodológico. A neutralização do sujeito caracteriza o ideal científico dos estruturalismos e os coloca como uma espécie de positivismo das ciências humanas. As ciências humanas estruturalistas sustentam que os códigos são universais, caracterizando todos os processos de dotação e decifração de sentido – vale dizer, de comunicação simbólica – na espécie humana. Compreende-se uma mensagem quando se é capaz de reproduzí-la.
Nas origens da matriz estruturalista encontramos movimentos intelectuais que no final do século XIX e no início do XX revolucionaram a psicologia, a teoria da literatura e da lingüística. No campo da psicologia já a chamada psicologia da forma, ou da gestalt, que ofereceu a mais consistente alternativa européia à velha psicologia elementarista, associacionista e introspeccionista. Dizem os gestaltistas:
Se a análise do mundo fenomênico, ou meio comportamental nos revela que os comportamentos do homem estão sempre inseridos num conjunto organizados de formas e significados, cabe à ciência procurar compreender este comportamento a partir do mundo assim estruturado.
Enquanto a noção de forma contemplada pelos gestaltistas exerceu notável influência sobre a teoria das artes plásticas, simultaneamente desenvolvia-se entre os russos uma teoria da literatura também jornalista e estruturalista, para os quais a obra literária é fundamentalmente uma forma que é o conteúdo em sua manifestação sensível.
Nessa mesma época a França sofria o impacto da obra do lingüista suíço F.de