Psicologia do Senso Comum
Todos nós no dia-a-dia ouvimos falar de psicologia e de psicólogos, mas na verdade ainda resta muita confusão entre a sua verdadeira conotação científica e o significado que muitas das pessoas lhes dá.
Pensa-se muitas vezes que psicólogo é aquele que abana com a cabeça e responde assertivamente às questões que se lhe colocam, trazendo milagrosamente a cura para os problemas do paciente (ou cliente, consolente, utente, como lhe queiram chamar). Espera-se dele tudo o que até então não foi conseguido, como que se ele tivesse um poder mágico ou sobrenatural.
No entanto, infelizmente ainda se encontram muitos charlatães, que sem aptidão profissional exercem a profissão de psicólogos, eludindo pessoas com falsas esperanças, só para poder angariar algum dinheiro, o que contribui para agravar ainda mais o estado do paciente que o procura.
Também há por aí muitos curandeiros, que procuram a “libertação da mente”, dos “problemas espirituais” dos homens, com métodos (se assim se podem chamar) que nem eu mesma sei designar.
Mas afinal qual é o papel do psicólogo, o que é que ele faz, qual o seu âmbito de actuação, e o que o distingue das outras artes?
Psicólogo é um profissional devidamente qualificado para o exercício profissional da psicologia, que usa métodos e técnicas científicas, devidamente estruturadas, que actua no sentido da prevenção, promoção e desenvolvimento psicológico, em situações normativas ou não-normativas. O seu principal foco é o comportamento humano. Estuda também situações que se desviam do normal, chamadas psicopatológicas, no sentido clínico. Não aborda somente a pessoa (como as outras abordagens), mas sim o indivíduo no seu contexto, que é alvo de múltiplas inter-ocorrências. Isto faz todo o sentido, pois o sujeito não vive isolado dos outros, sendo influenciado por todas as determinantes que ocorrem no seu meio. Por exemplo, uma criança pode manifestar problemas de aprendizagem na escola, sendo que por detrás