Psicologia do Esporte
TORRES, N., CHAGAS, T., RIBEIRO, J. P. Depenência emocional e consumo de substâncias psicoativas. Revista Toxicodependências, 2008.
O artigo em questão diz respeito à relação que existe entre dependência emocional e o uso de substâncias psicoativas (álcool, cocaína, anfetamina, nicotina, etc). Foi constatado que pessoas com inibição da expressão emocional, sentimento de vazio (perdas, separações, abandoonos, negligência, rejeição pelos pares, etc.) podem se envolver com o uso de tais substâncias. O estudo proposto neste artigo indica que a maior parte das substâncias aditivas altera a função emocional do sujeito, dando sensação de conforto e bem-estar. Com isso, pode-se afirmar que a dependência emocional está diretamente ligada com níveis mais elevados do consumo de drogas.
A mente e o cérebro humanos foram desenvolvidos para estabelece relações sociais, sendo esta uma motivação física para a manutenção da homeostase corporal e adaptação ao meio social. Existe o pressuposto básico de dependência, que é o de sobrevivência e procriação, pois quando um filho nasce, ele depende 100% dos cuidados maternos, o que envolve uma série de sentimentos e necessidade de afiliação social. Após isso, para o sujeito exercer qualquer atividade no seu dia-a-dia até o próprio casamento em si, ele está inserido em algum grupo social, o que exige que ele tenha relações sociais, ou seja, a dependência física dá lugar à dependência psicossomática. Quando as necessidades emocionais são satisfeitas, gera um vínculo emocional seguro. Visto isso, percebe-se que as relações sociais são uma característica ontogenética, pois sistemas emocionais do cérebro canalizam grande parte da energia de um organismo para manter os pais, familiares e amigos por perto, estimulando-se assim, a proximidade social.
Em um grupo social como a família ou amizade, a fim de combater ideias opositoras e inimigas, são estimuladas a coragem, a perseverança e combatividade. Neste contexto,