Psicologia da infancia
O desenvolvimento emocional e a auto-percepção de uma criança são originárias das experiências do período dos 3 aos 6 anos de idade, portanto essa fase é muito importante. O auto-conceito é uma imagem mental geral de nossas capacidades e características, é uma construção cognitiva... Um sistema de representações descritivas e avaliativas sobre o “eu”, que determina como nos sentimos em relação á nós mesmos e guia nossas ações. De um a três anos a criança desenvolve a autopercepção, e na segunda infância já pode criar uma auto-definição, auto-descrição. As mudanças na auto-descrição refletem o desenvolvimento do auto-conceito. Entre os cinco e sete anos ocorre a mudança na auto-definição (autoconceito), a maneira como as crianças descrevem a si mesmas normalmente muda. Uma análise neopiagetiana descreve esse período em três etapas: Aos quatro anos acontece a primeira etapa, a das REPRESENTÇÕES ÚNICAS: as afirmações sobre si são unidimensionais, a criança não reconhece o “eu” real, sim seu “eu” ideal. Aos 5 ou 6 anos, na segunda etapa, o MAPEAMENTO DAS REPRESENTAÇÕES: a criança começa a fazer conexões lógicas entre os aspectos de si mesmo. Mas ainda não consegue perceber como pode ser bom em algumas coisas e em outras não. A terceira etapa, a dos SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO, quando a auto-descrição se torna mais equilibrada e realista, quando a criança começa a integrar características específicas de si á um conceito geral e multidimensional, acontece na terceira infância. Os diferentes valores culturais influenciam a maneira como as crianças de cada cultura percebem e definem a si mesmas. Por exemplo, enquanto na China as crianças são incentivadas á se ligarem á aspectos interdependentes do “eu”, como obediência á autoridade, humildade e senso de pertencer á comunidade, costumam se auto-descrever em termos de categorias e relações sociais, como: “Eu tenho uma irmã” ou “Eu jogo