Psicologia Criminal
Cap. 1 – Violência e criminalidade
O crime nasceu com o homem, vemos isto nos mitos gregos e na história bíblica de Adão e Eva, o “primeiro crime” foi cometido por Eva que comeu do fruto proibido e teve como cúmplice seu marido, Adão a quem depositou sua culpa, o segundo um fratricídio praticado por Caim que matou o irmão Abel por ciúmes. Já na mitologia grega temos O Rei Édipo que matou seu pai e se casou com sua mãe chegando a ter filhos com ela.
A violência, segundo Bergeret é uma marca constante entre pais e filhos e homens e suas divindades, pois o homem sempre quer ser Deus ou superior a Ele (húbris). O homem vive dois dilemas, o primeiro é o de querer sempre vencer para alcançar a “divindade”, o segundo, o de tentar sobreviver ajustando-se às condições humanas. Pode-se dar um exemplo dos países desenvolvidos, os “deuses” e os de terceiro mundo ou em desenvolvimento. As nações mais pobres imploram para que estes invistam nos seus países para “salvarem as suas vidas”.
A maioria dominada somente quer ser igual ao homem, quer ter acesso aos bens de que têm direito como moradia, saúde, educação, etc. Como diz Cohen o jovem se sente incapaz de alcançar as metas da classe média e é a partir daí que ele começa a vandalizar e agredir, pois estas condutas são realizadas com sucesso, aliviando suas frustrações e ansiedades.
Existem quatro tipos de conduta anômica: o ritualismo que é quando o indivíduo desiste de buscar por ascensão social, boas amizades e o sucesso, normalmente buscado pela classe média, para seguir rigorosamente a normas como um burocrata. No retraimento os sujeitos desistem de tudo (normas, objetivos) para se tornarem alcoólatras, dependentes químicos, rejeitam a moral e as leis e não seguem nenhuma regra. A inovação é quando se usa de meios ilícitos para se conseguir nossos objetivos. A rebelião é quando os indivíduos ignoram todas as instituições anteriores para