Convecção natural
O sismo que causou o tsunami em 2004 foi provocado por uma ruptura na zona de subducção onde a placa tectônica da Índia mergulha por baixo da placa de Burma. Essa área de ruptura te aproximadamente 1200 km de comprimento e, o deslocamento relativo das placas foi de cerca de 15 metros. Pode até parecer pouco mas, em condições normais, as placas oceânicas movimentam-se com uma velocidade de apenas milímetros por ano. A energia liberada provocou o sismo de magnitude elevada, enquanto que o deslocamento do fundo do oceano (das placas tectônicas e dos sedimentos remobilizados pelo abalo) deram origem ao tsunami. A movimentação ocorreu em duas fases em um período de vários minutos. A primeira envolveu a formação de uma ruptura com cerca de 400 km de comprimento e 100 km de largura, localizada a 30 Km sob a crosta oceânica- a maior que se conhece até hoje provocada por um sismo. Essa ruptura deu-se a uma velocidade de cerca de 2,8 Km/s ou 10000 Km/h, durante um período de mais de 100 segundos, começando ao largo da costa de Aceh e movendo-se no sentido N-W. Antes de a ruptura continuar no sentido Norte, para Andaman e ilhas Nicobar, ocorreu uma pausa de mais de 100 segundos.
A placa da Índia faz parte da grande placa Índo-Australiana, que está sob o Oceano Índico e a Baía de Bengala, estando a movimentar-se para Nordeste a uma média e 6 cm /ano. A placa da Índia encontra-se com a placa Australiana na fossa de Sunda. Neste ponto a placa da Índia está a ser subductada pela placa de Burma, onde se localizam as ilhas Andaman e ilhas Nicobar , assim como a parte norte da Sumatra. A placa da Índia joga cada vez mais profundamente sob a placa de Burma, até que a crescente temperatura e pressão provocam a sua fusão dando origem ao Arco Vulcânico de Sunda.
Figura 1-Representação esquemática da movimentação das placas tectónicas. (Fonte: United States Geological Survey).
Estima-se que o leito oceânico tenha subido vários metros, deslocando, cerca de 30 km³