Psicologia comunitária
Para entendermos como se deu a participação do psicólogo no âmbito das políticas sociais comunitárias e também da saúde, faz-se necessário exemplificar algumas construções teóricas e práticas sobre a atuação da então denominada sociedade civil e política, além dos importantes movimentos reivindicatórios da sociedade na luta por mudanças nos setores da educação, saúde, direitos sociais e consequentemente na constituição do país. A partir do final da década de 1970 as grandes lutas políticas tiveram grande destaque em função do período no qual o país estava vivendo que era o regime militar. O cenário vigente era o de mobilizações e reivindicações de bens, serviços e direitos sociopolíticos negados por esse regime, e o referencial vinculado na sociedade estava fundado na crença de que a sociedade civil deveria se mobilizar e se organizar para alterar o status quo no plano estatal, além de que as organizações reivindicatórias deveriam acontecer e aconteciam independentemente do estado. A partir de 1985 com a saída dos militares do poder, começa a se alterar o significado atribuído à sociedade civil e houve uma ampliação e uma pluralização dos grupos organizados que redundaram na criação de movimentos, associações, instituições e organizações não governamentais. A mudança na constituição federal, de 1988, garantia agora outros direitos como os direitos sociais básicos elementares, a casa, comida e abrigo, assim como direitos sociais modernos relativos a condições de trabalho, saúde, educação e etc... Nesse novo cenário, a sociedade civil se amplia para entrelaçar-se com a sociedade política onde o estado passa a tratar algumas questões até então não levadas em conta, como “Questões Sociais”. O termo “empoderamento” passa a ser usado como jargão em políticas públicas e por analistas; e algumas instituições sociais são criadas a fim de auxiliar o Estado em suas funções de promoção à saúde social e garantia de