Psicologia comunitaria relatorio final

1. INTRODUÇÃO

Psicologia social
A psicologia é definida por Lane (1981) como uma ciência que estuda comportamentos, sejam eles conscientes ou inconscientes. A psicologia social tem como objetivo estudar como esses comportamentos são influenciados socialmente. Para isso procura compreender a relação essencial entre o indivíduo e a sociedade, de acordo com a sua cultura, costumes e valores. De acordo com os trabalhos realizados no Brasil, evidenciou-se que o interesse dos psicólogos por esta área aumentou. Além disso, atualmente há o reconhecimento de que para desenvolver essa função é preciso dar ênfase no trabalho multidisciplinar e na importância de envolver-se com a problemática da população (Bonfim, 1994).
Na década de 60 no Brasil, os psicólogos iniciaram sua inserção na comunidade com o objetivo de contribuir com a população carente. Preocupados com a vida profissional e buscando melhores condições de vida para a população trabalhadora, essa função passou a ser denominada psicologia comunitária. As atividades eram realizadas através de voluntários que incentivavam os próprios moradores a lutarem por seus direitos. A psicologia comunitária é conceituada como a psicologia que busca entender o psíquismo das pessoas avaliando suas condições de vida e em como o ambiente em que vivem influencia no funcionamento mental. Em busca de seus direitos a década de 70 foi marcada por protestos da população fazendo com que vários profissionais de diferentes áreas se unissem ao movimento com o objetivo de contribuir com a população (Bonfim, 1994, Góis, 1993). A psicologia nessa época começou a se destacar com esses profissionais, ganhando espaço em função das atividades realizadas, não somente em escolas, empresas e consultórios, mas também na comunidade. Eram desenvolvidas atividades com a população relacionadas à educação com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o bem estar e o quanto o mesmo é importante. (Vasconcelos, 1987).
Nos anos 80 e início