Psicologia - Comportamento Animal
INTRODUÇÃO
Comportamento animal é o modo de atuação dos diferentes tipos de animais, tema que fascinou os pensadores desde os tempos de Platão e Aristóteles. É particularmente enigmática a habilidade de algumas criaturas simples para desenvolver tarefas complexas: tecer uma teia (aranha), construir um ninho ou cantar (pássaro), encontrar abrigo ou conseguir comida; tudo isso no momento certo e com escassa ou nenhuma aprendizagem prévia. Tais comportamentos foram estudados partindo de duas perspectivas diferentes, opostas em suas afirmativas: enfoque comportamental (aprendizagem) e o enfoque etológico (que subtrai o papel da herança).
O ADQUIRIDO: OS BEHAVIORISTAS
A escola dominante na explicação do comportamento (animal e humano) tem sido o behaviorismo, cujas figuras mais conhecidas foram J.B.Watson e B.F. Skinner. Sustentavam que todo comportamento, incluindo respirar e a circulação do sangue, é aprendido; acreditavam que os animais nascem como uma "página em branco" sobre a qual o acaso e as experiências irão escrevendo suas mensagens. Os behavioristas diferenciavam dois tipos de condicionamento: o clássico de Pavlóv e o operante ou instrumental de Skinner.
O INATO: A ETOLOGIA
A etologia, disciplina desenvolvida prioritariamente na Europa, sustenta que o comportamento dos animais é inato (instintivo). Os defensores deste enfoque sustentam que os comportamentos tardios na vida dos animais não são fruto da aprendizagem, mas da maturidade do indivíduo, como acontece, por exemplo, com o vôo das aves. Os três prêmios Nobel fundadores da etologia, Konrad Lorenz, Nikolaas Tinbergen e Karl von Frisch, mostraram quatro mecanismos básicos com os quais a programação genética ajuda diretamente a sobrevivência e adaptação dos animais: os estímulos desencadeantes: os modelos e padrões fixos do comportamento, os impulsos e a aprendizagem programada.
Os estímulos desencadeantes permitem aos animais reconhecer objetos e indivíduos importantes para