Psicologia Breve - Hospital
Autoras: Maria Lúcia Pinheiro Garcia, Ângela Maria Alves e Souza e Teresa Cristina Holanda da Universidade Federal do CearáPublicado em “Psicologia Ciência e Profissão”, 2005, 25 (3), 472-483Introdução
Este artigo trata do acompanhamento, pela autora, de um caso de transplante renal com doador vivo, no Hospital Universitário Walter Cantídio, em que o doador, o paciente e a família tiveram acompanhamento psicológico pré e pós- transplante. Esse acompanhamento fez parte do Projeto de Extensão de Capacitação em Psicologia Hospitalar da Universidade do Ceará.
Nesse caso, foi feita opção pela Psicoterapia Breve de Apoio (PBA), além da abordagem sistêmica familiar e a teoria de crise. Esse conjunto de abordagens se deveu à situação específica enfrentada pelo Psicólogo Hospitalar, muito diferente daquela que geralmente se apresenta ao Psicólogo Clínico.
Foram realizadas 15 sessões que ocorreram inicialmente no ambulatório de pré- transplantes e depois na enfermaria ou ambulatório de pós- transplante.
Algumas sessões foram realizadas com o receptor, outras com o doador outras apenas com a família e várias com todos os participantes.
A autora tinha especial interesse no estudo da dinâmica das relações familiares, no caso em que o doador é vivo. Nesse caso o doador também pertencia à família.
No artigo a autora faz importantes considerações sobre a função do psicólogo na instituição hospitalar e as principais diferenças entre o trabalho do psicólogo hospitalar e o do psicólogo clínico.
Um dos fatores mais determinantes do tipo de trabalho do Psicólogo Hospitalar é o tempo. O tempo do profissional no hospital é determinado pelas necessidades da instituição, além do desenvolvimento do processo de cura, ou não, do paciente.
Outro fator que influi muito no trabalho do Psicólogo Hospitalar são os limites institucionais, representados por toda a dinâmica da instituição como