Psicogênese da leitura e escrita

Diante dos estudos e guias acerca do assunto sobre a psicogênese da leitura e escrita, foi observado que a alfabetização ocorre através da leitura e que posteriormente decorre o ato de escrever, visto que em crianças que possuem o hábito de ler demonstra maior progresso em acertar na escrita.

Mas como saber qual método utilizar para mediar no processo considerado um dos mais importantes para a vida social?

Através dos fundamentos de LURIA sabe-se que mesmo antes da criança integrar numa aprendizagem da linguagem escrita no âmbito escolar, ela tem o acesso a leitura desde pequena, mesmo sendo da leitura de uma imagem, ou da cantiga de ninar da mamãe, pois existem diversos tipos de portadores de leitura e, com esses conhecimentos prévios ela utiliza símbolos como desenhos, sinais entre outros para se expressar, ou seja, a criança cria seu próprio sistema de escrita e vai construindo representações bem elaboradas até chegar ao seu pleno domínio, onde a criança passa por um longo processo de amadurecimento para a compreensão do código da escrita.

Antes dos estudos de FERREIRO e TEBEROSKY, a aprendizagem da língua escrita era vista como um processo de repetição de letras ou sílabas. Após sua teoria que visa o construtivismo e a interação, demonstra que o processo de apropriação da linguagem escrita vem através da mediação entre o sujeito e o objeto.

Com base nestes estudos, pode-se trabalhar com a criança a partir da hipótese da escrita em que ela se encontra. As hipóteses de escrita apresentadas por FERREIRO que servem para auxiliar neste diagnóstico são a hipótese pré-silábica, silábica, silábica alfabética e alfabética, que auxiliam através da escrita da criança diagnosticar em qual fase ela se encontra sendo grafismo como desenho ou até mesmo a letra que utiliza para a escrita da palavra de acordo com o contexto que ele se encontra. Com esse diagnóstico, o professor terá o aparato para iniciar suas intervenções e fazer com que a criança avance no seu