De acordo com alguns pensadores, a construção da identidade de um indivíduo se da em relação com a intervenção de outros em sua personalidade. A influencia do “eu” na construção da identidade do outro é muito presente, e se da de algumas formas distintas. Segundo os sociólogos Peter Berger e Thomas Luckmann a construção da identidade se da quando um indivíduo assume os significados do mundo no qual convive ou quando transforma esse mundo. Esse processo se dar por ordem primária e secundária. O primeiro caso acontece quando o indivíduo interioriza o mundo de seus familiares, e ocorre a identificação emocional e comportamental, sendo assim mais difícil de ser quebrada. Já a socialização secundaria, ocorre quando um indivíduo, ja socializado, é introduzido a sociedade e, com isso, busca seus caminhos de identificação com grupos de pessoas que são similares a ele. Essa forma de socialização jamais acaba porém é mais fácil de ser desconstruída. Freud também estudou a construção da identidade dos indivíduos de acordo com os vínculos familiares e os processos psíquicos de identificação. Defendia que os pais revivem suas experiências pessoais (experiências narcísicas) e as projetam em seus filhos, de acordo com que acham ser um comportamento “ideal”. Entretanto, posteriormente, a criança sofrerá com o rompimento dessa primeira noção ideal de “eu” e construirá sua própria noção de identidade, se inspirando em pessoas que serão significativas em sua vida. Porém, suas outras definições de identidade serão baseadas na visão que outras pessoas tem sobre si, o que resultará na busca de amor nessas pessoas e, assim, a confirmação de sua identidade. Outro autor que defende a construção da identidade a partir do “eu” do outro é Ronald Laing. Para ele todas as identidades necessitam de um outro para serem confirmadas. O autor apresenta um sentimento chamado de insegurança ontológica que é quando um individuo se sente muito distinto do resto do mundo, inseguro com os seus