PSICANÁLISE DOS CONTOS DE FADAS: BARBA AZUL
Os contos de fadas clássicos estão entre as primeiras histórias que conhecemos na infância. Com sua magia, lançaram sobre nós um encantamento inesquecível capaz de durar a vida inteira. Todos terminam com uma frase “e viveram felizes para sempre, na qual acreditamos fielmente. No entanto os contos de fadas são muito mais que a simples realização de nossas fantasias, durante muitos séculos essas histórias eram contadas como forma de educar e instruir os filhos passando de geração para geração.
Já o conto em questão, O Barba Azul, nome do personagem principal, que se caracteriza pela sua barba azul e seu passado obscuro. Em uma leitura psicanalítica a Barba azul aparece como algo estranho, surpreendente, e contrasta com suas riquezas onde as mulheres que o temiam ao mesmo tempo o desejavam. Entrando em um componente fundamental do psiquismo inconsciente do ser humano, em que gera a fantasia do genital masculino, órgão masculino como se apresenta desde a época da puberdade, quando passa a ser coberto de pelos, se caracterizando como as transformações corporais. O órgão e visto como potencialmente agressivo para as mulheres, lesivo capaz de ferir, causar lesões que sangram. A figura da Barba Azul se encaixa a um relato do órgão masculino sendo um objeto de característica sádicas, fantasia que compõe grandes áreas da mente infantil. Também encontra – se no conto a chave, que ainda pode ser entendida como um símbolo fálico que completa a fechadura, a genital feminina, simbolizado a passagem da transformação de virgindade ao desvirginamento, ou por outra via; a via que marca a modificação fundamental que se da na menina quando se transforma em mulher: a menstruação.
Partindo de outras idéias e outras pesquisas foi observado que diferentemente dos outros contos, o único objeto mágico é a pequena chave do gabinete. A chave nas histórias de amor tem geralmente aspectos românticos, mas nesse conto simboliza o proibido e