Psicanalise

EDITORIAL

Segundo Freud é necessário que o professor saiba sintonizar-se emocionalmente com seus alunos, para que através dessa empatia possa se estabelecer um clima favorável a aprendizagem. Ainda temos uma educação que trata os alunos como iguais, usando metodologias que ignoram as diferenças, portanto mesmo que psicanálise não se destine a educar, pensa-se que sua base teórica possa contribuir com o campo educacional como uma via de articulação do desenvolvimento emocional e mental do aluno. Sobretudo é importante que aja reflexões e indagações sobre o dia a dia da escola, que se valorize a escuta para que os pais, professores e alunos possam situar-se frente aos problemas enfrentados por cada um deles.
Tenho como exemplo meu sobrinho, uma criança de cinco anos, que no seu dia a dia era calmo e alegre, repentinamente apresentou comportamento agitado, reclamando de tudo. Na escola passou a se desentender com freqüência com os colegas. Sua mãe vai lhe dar um irmãozinho. Diante disto ele questiona: quem disse que eu quero? No dia em que a mãe vai para o hospital, ele briga com a maioria dos colegas e bate com muita força no menor aluno da sala e diz: você não é meu irmão. Antes de chegar a esse extremo ele deu sinais de que precisava de ajuda, sinais esses que não foram assimilados pelos pais nem pela professora.
São inúmeras as situações em que a criança manifesta o que está sentindo, por isso a importância de escutar o aluno, para que ele expresse suas emoções. Esse processo não é simples, pois muitas vezes o professor não consegue estabelecê-lo devido ao fato que ele também precisa se escutado.
Sendo assim a psicanálise pode ser usada na educação como um meio de auxiliar, de lidar com uma criança, pode constituir uma ajuda valiosa para o professor, uma abertura de novos horizontes a parti do quais se possa continuar as reflexões sobre um modo de entender a dinâmica escolar.

REFERÊNCIAS

FREUD, Sigmund. O interesse educacional da psicanálise. In