PSICANALISE II Continua O
Neste momento, as manifestações de ansiedade passam a ocorrer segundo a interpretação da criança com relação ao que considera ameaçador, e é a partir disso que Freud faz a distinção entre “ansiedade realista” e “ansiedade neurótica”. A ansiedade realista, segundo ele, é uma espécie de “medo” que tem função adaptativa de auto-preservação, de defesa diante de um perigo externo, pois a pessoa consegue identificar o objeto (ou a situação) externo que realmente representa uma ameaça.
Freud supõe também a existência da ansiedade neurótica, distinta da ansiedade realista por não ter função adaptativa, visto que o objeto de ameaça seria interno (de natureza psíquica). Assim, Freud se aprofunda no estudo da ansiedade neurótica e elabora a Primeira Teoria da Ansiedade - segundo a qual a libido insatisfeita se transformaria diretamente em ansiedade.
Freud classifica a ansiedade neurótica em:
Livremente flutuante, ou ansiedade expectante, que ocorre, por exemplo, em uma neurose de angústia; este conflito teria origem na repressão da sociedade à sexualidade – na época, a sociedade Européia condenava a sexualidade através de várias práticas que apresentavam restrições ao ato sexual, como por exemplo, o coito interrupto (que tinha como finalidade o controle de natalidade). Essas práticas provocavam uma “economia de libido”, ou seja, a expectativa (afetiva ou